domingo, 14 de julho de 2013

Temos saudades da Fonte da Saudade

Prezados senhores, boa noite.

Assim como boa parte dos nossos vizinhos, eu também recebi um panfleto da AMOFONTE.

Assim como a totalidade deles que compareceram a reunião convocada neste panfleto, eu também sou incomodada pela ACADEMIA.

Assim como alguns deles, eu também entrei em contato por telefone com a ACADEMIA em alguns dos muitos momentos em que ela me incomodou, e surpreendam-se uma vez mais, os meus problemas não foram resolvidos.

Há cerca de dois meses, por conta de um destes incômodos que se repete há anos, resolvi ir pessoalmente até vocês para tentar resolvê-lo. 

Aí chegando fui orientada a falar com a responsável do marketing, que me ouviu, disse que falaria com as pessoas responsáveis, mas o fato já se repetiu por pelo menos mais duas vezes, e por este motivo resolvi fazer o apelo agora por escrito, uma vez que a academia diz: 

"Somos diretamente interessados na qualidade de vida no nosso Bairro e estamos sempre abertos a buscar entendimento com a vizinhança para que haja uma convivência harmoniosa."

Sejamos sinceros, a ACADEMIA entende por qualidade de vida e convivência harmoniosa, sujeitar os seus vizinhos a um desgaste físico, psicológico e mental, que fez com que um deles (que foi aplaudido das janelas e varandas dos prédios vizinhos a ACADEMIA), gritasse desesperada e alucinadamente no meio da rua: "eu não aguento mais!"?

Eu respondo por mim e algumas das centenas de pessoas que já se manifestaram: Não!

A ACADEMIA se acha mesmo "sempre aberta ao diálogo*, desde que em bases educadas", mesmo sem atender aos pedidos ou responder às dezenas de contatos já feitos por seus vizinhos por telefone durante estes 12 ou 13 anos?

Alguém aberto ao diálogo não telefonaria aos vizinhos para tentar entender, "em bases educadas" o que lhes aflige? 

Desculpa, mas como poderá haver um diálogo se apenas os vizinhos entram em contato com a ACADEMIA e ela não retorna este contato com uma solução ou ao menos uma resposta qualquer que seja ela?

E porque eu estou escrevendo agora? Afinal de contas sobre o que eu fui falar naquela segunda feira a tarde?

Bem, ontem, domingo, dia 7 de julho, às 5h da manhã, fomos acordados por um grupo de mais de 20 pessoas que estavam reunidas na rua, conversando animadamente. 

Estas pessoas eram alunos da ACADEMIA e saíram depois em duas vans. Não somos pessoas alienadas, soubemos que houve a maratona do Rio, mas, de coração, optamos por não participar dela.

Quando estive na ACADEMIA e conversei com a responsável do marketing, expus a ela que este fato se repete com frequência aos domingos, único dia, além dos sábados e feriados, que restou aos vizinhos da academia para dormir até depois das 6h, umas vez que nos dias de semana ela abre a esta hora. 

Expliquei para ela que entendíamos a animação e euforia com que os alunos se encontravam, já que é bom compartilhar com amigos momentos de desafios e de felicidade, como as corridas, pedaladas e outras atividades apoiadas pela ACADEMIA, só que por outro lado, era inadmissível que tal movimento perturbasse a paz e o sono da vizinhança. 

Ela argumentou de imediato que este movimento não demorava mais do que 10 ou 15 minutos, tempo suficiente para que todos chegassem e partissem para os eventos, reunidos em vans ou ônibus, e eu contestei dizendo que este tempo era suficiente para nos acordar e nos deixar de tal forma irritados e incomodados, que era impossível voltar a dormir normalmente. 

Sugeri a ela que tentasse marcar outro lugar para estes encontros e dei logo duas opções:
1. que o transporte esperasse os alunos do outro lado da praça Alcio Souto, em frente a escola Pedro Ernesto, onde os alunos também poderiam ficar e onde não há vizinhos residentes;

2. ou ainda melhor, que os encontros fossem marcados na praça da Igreja Santa Margarida Maria. Lá tem vagas, neste dias e horas, para que os alunos deixem seus carros, tem espaço para o transporte parar sem perturbar a paz dos vizinhos e ainda há a escadaria da Igreja para se sentarem enquanto aguardam.

Um fato que não mencionei quando estive com ela, é que, além das conversas, quando o transporte é feito por ônibus, eles ainda deixam o motor ligado, fazendo barulho e deixando um cheiro horrível de combustível no ar.

Porque então nada mudou? Porque precisamos ser tão sacrificados e acordados também nestes domingos às 5, 6, 7h da manhã? 

É algo tão difícil assim pedir para estes alunos irem para um dos locais sugeridos, uma vez que eles estão na rua e a academia não abre suas portas para recebê-los?

Por favor, coloquem em prática o que foi dito por vocês: "Somos diretamente interessados na qualidade de vida no nosso Bairro e estamos sempre abertos a buscar entendimento com a vizinhança para que haja uma convivência harmoniosa." 

É só isto que pedimos. 
 
Temos saudades da Fonte da Saudade.
 
Moradora do Bairro

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