Visita do Prof. Milton Teixeira Dia 15 de abril de 2002.
Pequeno resumo da ocupação
humana da área da Fonte da Saudade, sita na Lagoa Rodrigo de
Freitas.
No século XVI, a área em questão era parte da sesmaria de
Antônio Francisco Velho, Mordomo da Confraria de São Sebastião, e que recebeu a
doação ainda em 1565 do Governador Estácio de Sá. Em 1590, as terras passaram,
por compra, ao juiz João Pereira de Souza Botafogo, que as manteve até 1605.
Alienada a parte da lagoa neste último ano, tentou-se ali erguer um engenho de
cana, mas em 1620 os terrenos caíram em mão de Sebastião Fagundes Varela, cuja
família manteve a posse, através de seus herdeiros, até a chegada da Côrte, em 1808.
A única construção notável erguida na região durante o
período colonial foi feita pelo Vice-Rei Luís de Vasconcellos, que mandou o
engenheiro militar Jean Jacques Funck erguer em 1786 um forte no final da rua
São Clemente, onde hoje está o CIEP de Humaitá, com linhas amuralhadas por toda
a Fonte da Saudade, em áreas onde em época recente se abriu a rua Bogari. O que
restava do dito forte foi demolido em 1983 para a construção do preclarado CIEP
de Humaitá.
Aí por volta de 1808, quando as terras foram alienadas,
surgiram as primeiras referências à existência de uma fonte de água potável,
onde lavadeiras portuguesas lavavam as roupas dos nobres de Botafogo (fonte
desenhada por Maria Graham, em 1823). Elas cantavam fados de saudade à terra
distante, surgindo daí a poética denominação de “Fonte da Saudade” (isso consta
em A. J. Mello Moraes, Crônica Geral e Minuciosa do Império do Brasil, Rio,
1879), a nomenclatura foi depois aplicada ao morro e praia lindeira (desenho de
Thomas Ender, de 1817). Essa fonte ainda sobrevive, com outra arquitetura, no
pátio ajardinado fronteiro do prédio no. 111 da rua Fonte da Saudade.
As condições de péssima salubridade da lagoa, com
freqüentes mortandades de peixes e falta total de saneamento, impediu qualquer
ocupação de porte no local. Em volta da lagoa, surgiram em fins do Império
quatro fábricas de tecidos: uma, o Cotonifício São Félix, na rua Marquês de São
Vicente; a segunda, a Fábrica de Tecidos Corcovado, onde aproximadamente hoje se
ergue o Hospital da Lagoa; a terceira, a Fábrica Carioca, na rua Pacheco Leão, e
a quarta, no Humaitá. Essa ocupação fabril gerou a existência de vilas
operárias, casas de cômodos e pensões, algumas ainda existentes nos bairros de
Botafogo, Jardim Botânico e Gávea.
No primeiro recenseamento predial realizado na rua da
“Praia da Saudade” (não confundir com o logradouro de idêntico nome, na Urca) em
1879 por J. Cruvello Cavalcanti, constatou a existência de apenas sete casas
térreas, um telheiro e duas ruínas.
Decidido a reverter essa situação e conquistar essa
importante área para a burguesia crescente da cidade, o Prefeito Carlos Sampaio
mandou realizar extensas obras de saneamento na Lagoa Rodrigo de Freitas entre
os anos de 1920/22, trabalho o qual foi encarregado o escritório técnico do
competente engenheiro Saturnino de Britto, que realizou extensas obras de aterro
das margens da Lagoa, canalização de rios, dentre outras. Na área da Fonte da
Saudade, fez-se grande aterro de pântanos, o qual resultou toda a área que vai
do lado par da rua Fonte da Saudade (até então somente existia o lado ímpar. O
lado par era a praia) até a av. Epitácio Pessoa, concluída nessa época. A rua
Fonte da saudade possuía, segundo o recenseamento geral de 1920, 87 casas
térreas (no lado ímpar), todas residenciais e ocupadas, dois sobrados, sendo um
uma pensão e o outro uma casa-de-cômodos. Existia igualmente, como único
comércio, uma padaria.
Como resultado dessas importantes obras, começou a
ocupação da região por construções de melhor porte, bem como o surgimento das
primeiras ruas transversais à rua Fonte da Saudade. Em 1928, surgiam as ruas
Cássias e Madressilva, hoje, respectivamente ruas Carvalho Azevedo e Resedá (PAs
nos. 1844, 1898).
Em 1935, é fundada a empresa loteadora DARKE S/A, criada
pelo Sr. Jorge Bhering de Oliveira Mattos e outros, com o fito de lotear dois
grandes terrenos onde os Srs. Jorge e seu finado irmão Darke haviam erguido em
1928/29 dois imensos palacetes. Foi então elaborado um plano de arruamento e
loteamento em duas folhas de papel ozalid, pelo Consultório Técnico do
engenheiro Washington de Azevedo, aprovado em 29 de maio de 1935 pelo Prefeito
Pedro Ernesto Batista, e que tomou o número 2396. Desse loteamento resultou a
abertura das ruas “A”, hoje Ferreira de Resende; “B”, hoje ruas Almirante
Guilhobel e Vitória Régia; “C”, hoje rua Almeida Godinho; “D”, hoje Negreiros
Lobato e “I”, hoje rua Sacopã. Não
foram aprovadas as ruas “E”, “F”, “G” e “H”.
Em 1938 Da. Maria Augusta Nunes Fleury decidiu lotear sua
chácara, surgindo assim, com o novo PA no. 2919, aprovado pelo Prefeito Henrique
Dodsworth, a rua Baronesa de Poconé.
Finalmente, nos terrenos da antiga Fábrica David de
papéis pintados, de propriedade de David e Cia., foi aberta em 1940, pelo PA no.
3345, aprovado pelo mesmo Prefeito Dodsworth, a rua Alfredo Barcelos, hoje
Ildefonso Simões Lopes.
Com o acentuado crescimento populacional da Lagoa, foi
criada em 1936 a Paróquia de Santa Margarida Maria, cuja bela igreja foi
projetada anos depois por Fernando I. Lemos, arquiteto. Foi concluída em 1958 e
é ainda o cartão de visitas do bairro.
A ocupação desordenada da lagoa por prédios de alto
gabarito e a abertura do Túnel Rebouças em 1965 transformaram a Fonte da Saudade
em bairro de passagem, tendo sido demolidas nessa última data a maioria das
casas originais da av. Epitácio Pessoa e rua Fonte da Saudade, com visível queda
de qualidade de vida.
A luta pela preservação dos poucos remanescentes da
ocupação original da Fonte da Saudade, impõe-se desde já e é plenamente
justificada por consenso popular, mobilizando a população e associações de
bairro. Tanto isso é verdade que a própria Prefeitura já tombou, em tempos idos,
o Espelho da Lagoa Rodrigo de Freitas (em 1988), o Monumento a Quintino
Bocayúva, inaugurado em 1944 na Praça Álcio Souto, antiga Praça da Piaçava; a
Obra do Berço, a primeira construção de porte do arquiteto Oscar Niemeyer,
erguida em 1937; e, mais recentemente, tombou, a nível provisório, a obra da
Pequena Cruzada, construída em 1947 por Raul Penna Firme.
A listagem de casas em seguimento, representam, portanto,
uma pequena porcentagem, não só do que já existiu, como também do que ainda
existe. A preservação das mesmas não impedirá, portanto, o crescimento do bairro
ou, como tem sido dito e repetido ultimamente, sem muita criatividade, seu
“engessamento”. Desejamos apenas, que não seja feito o “concretamento” do
bairro.
Milton de Mendonça Teixeira, pesquisou e
redigiu.
APAC
1
Consta a Igreja Santa Margarida Maria e seu entorno, ou
sejam: os prédios 18, 22 e 24 da rua Frei Solano, mais a casa.... da rua Fonte
da Saudade.
Igreja de Santa Margarida Maria.
A Paróquia foi fundada em 1936, um ano depois da criação
do Loteamento Fonte da Saudade, pela DARKE S/A, e funcionou originalmente numa
residência unifamiliar adaptada. Em 1948 foi feito o projeto do novo templo pelo
arquiteto Fernando Iheli Lemos, profissional conhecido na época por seus livros
de residências, muitas delas erguidas em volta da Lagoa. As obras demoraram
muito e só por volta de 1958 o templo ficou pronto, com os esmerados estuques
externos e internos, onde se copiou, com certa felicidade, a decoração rococó
das antigas igrejas de Minas Gerais. A abertura do túnel Rebouças, em 1965, deu
especial relevância ao templo, marcando a entrada da Lagoa Rodrigo de Freitas,
sendo que esta matriz possui, por sua vez, grande expressividade cênica,
funcionando como um centro de convergência da população local, sendo utilizada
para casamentos de luxo.
Prédios 18, 22 e 24 da rua Frei Solano.
Estas residências unifamiliares, algumas já convertidas
em empresas e outras atividades comerciais, casas estas, as quais não são
anteriores a 1945, não possuem importância histórica, mas são importantes
plasticamente, pois seu baixo gabarito e escala compatível preservam a expressividade cênica da
igreja, pois a demolição do conjunto e sua substituição por prédios altos
entaiparão a vizinha Matriz, bem cultural mais importante da microrregião, num
corredor de prédios. Ao mesmo tempo, a permanência das mesmas ajudará a
preservar a ambiência local, haja vista que a rua em questão não possui
capacidade de absorver tráfego mais pesado que o existente, sendo o logradouro
percorrido por várias linhas de ônibus e muitos carros particulares.
APAC 2
Conjunto compreendido entre as Ruas Almirante Guilhobel e
Ildefonso Simões Lopes.
São as seguintes :
Rua Alm. Guilhobel, 5.
A rua em si foi aberta em 1935 pela DARKE S/A, em
terrenos que foram do Dr. Jorge Bhering de Oliveira Mattos. Quanto à casa, é uma
residência unifamiliar em sobrado estilo neo-românico, com delicados trabalhos
em pó de pedra na fachada, apurada serralheria artística e vitrais artísticos
antigos. Foi erguida nos idos de 1935/40 para o farmacêutico Dr. Jacy Tavares,
proprietário da extinta Farmácia Jacy, na rua do Catete. Foi, muitos anos
depois, uma clínica ginecológica, atividade que não alterou a arquitetura
externa, nem comprometeu seu detalhamento. A destruição iminente desta
residência, presentemente desabitada, ocasionará o empachamento paisagístico de
todas as construções posteriores, em particular, as da rua Ildefonso Simões
Lopes, bem como prejudicará a ventilação dos prédios dos ditos moradores. Aliás,
por seu valor plástico e cênico, como também sentimental para os moradores do
bairro, a casa já possui motivos suficientes que legitimem uma preservação mais
aprimorada. Sendo assim, proponho o tombamento da dita residência.
Rua Fonte da Saudade, 281.
Atual Creche Colibri, antiga residência erguida nos anos
trinta em estilo missões espanholas do General Álcio Souto, do Estado Maior das
Forças Armadas, homenageado no bairro com uma praça.
Rua Fonte da Saudade, 269.
Típico prédio de três pavimentos em estilo neocolonial,
em partido conhecido como apartamento-casa, muito comum nas décadas de trinta e
quarenta. O edifício em questão não possui valor histórico, mas se harmoniza
dentro da escala das casas à volta, devendo ser inserido na respectiva
APAC.
Rua Fonte da Saudade 265.
Edifício em estilo art-déco, partido conhecido como
apartamento-casa, muito comum nos anos 30/40, construído por Joaquim da Silva
Cardoso em 1951, o qual, certamente, também o projetou. Denominado Edifício
Válega, deve ter sido uma das últimas obras deste famoso arquiteto e construtor,
autor também do Castelinho da rua Dois de Dezembro, atual Centro Cultural
Oduvaldo Vianna Filho, tombado pelo DGPC. O prédio não possui grande valor
plástico, mas sua escala está de acordo com as construções vizinhas, devendo,
portanto, ser preservado na APAC.
Conjunto de prédios no largo da rua Ildefonso Simões
Lopes, em particular as residências unifamiliares em estilo neocolonial, de
números 38 e 50, presentemente ocupadas pela Creche Garatuja. Incluir,
igualmente, o número 37, com a mesma tipologia.
Mais relevante ainda, esta rua possui uma construção
multifamiliar, com o número 56, em quatro pisos, com apurado detalhamento,
atribuída ao arquiteto Lúcio Costa por informação dos moradores. O arquiteto
Lúcio Costa (1902-1998), autor do Plano de Brasília, bem como de muitas outras
construções tombadas, algumas a nível mundial (a própria cidade de Brasília),
não assinava seus projetos, por não possuir registro do CREA. A autoria, no
entanto, é atestada por conhecidos do dito arquiteto, figura mundialmente famosa
e já falecido. O edifício em questão foi erguido em 1953 e revela muitas lições
aprendidas na experiência do Conjunto do Parque Guinle, de 1947/52,
principalmente quanto à ventilação. Este parque, por sua vez, foi tombado já
pelo DGPC.
Rua Fonte da Saudade nos. 264, 268 e 272.
Três residências em sobrado, unifamiliares erguidas na
década de 40, sendo a terceira delas, a de no. 264, foi projetada pelo arquiteto
Frederico Faro Filho (1902-1989), autor do projeto da Igreja de Nossa Senhora do
Brasil, na Urca, edifício já tombado pelo DGPC. Faro Filho igualmente foi o
autor da bela residência unifamiliar eclética de 1929, da rua Guilhermina
Guinle, em Botafogo, também tombada pelo DGPC. Esta casa no. 264, de delicado
estilo neocolonial e acabamento esmerado, foi construída por Francisco de Paula
Veiga, um dos mais renomados construtores dos anos vinte e trinta. O Prefeito
César Maia recentemente visitou esta residência e propôs ao atual usuário o seu
tombamento, por seus valores plásticos. A residência de no. 268, um sobrado
neocolonial dos anos 40, possui, em seu quintal dos fundos, frondosa árvore
mangueira com oitenta anos. Todas as três possuem apurado acabamento, tendo
sofrido reformas que não as descaracterizaram. É o único conjunto
expressivamente cênico sobrevivente na rua Fonte da Saudade, integrando-se com
felicidade ao contexto da APAC proposta.
APAC
3
Pegará Pequena Cruzada tombamento-Avenida Epitácio Pessoa
4866, Fonte da Saudade244,Victor Maúrtua e Carvalho de Azevedo, Fonte da saudade
e Resedá
Rua Carvalho de Azevedo, 96.
Pedido de Tombamento. Projeto de Oscar Niemeyer.
Construção de 1942. Esta casa, uma das primeiras obras do famoso
arquiteto Oscar de Almeida Niemeyer Soares Filho (1907 – x), saiu publicada em
livros e revistas no Brasil, Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra.
Durante muitos anos seu partido arquitetônico foi imitado pelo Brasil afora.
Possui tal expressividade espacial que foi utilizada como locação do filme “Eu
Sei Que Vou Te Amar”, do cineasta Arnaldo Jabour. Ainda está bem preservada,
tendo sofrido reformas e ampliações, executadas pelo próprio arquiteto. Foi sua
própria residência até 1952.
Nesta Apac entraria:
Fonte da Saudade 244 (Pequena Cruzada).
Em particular a capela de Santa Teresinha do Menino
Jesus, projetada por Raul Penna Firme em 1947, autor, também, do bonito edifício
do Liceu Literário Português, no Centro. A capela imita uma construção de
caráter bandeirista.
Casas 187 e 171
Rua Resedá 5, 9, 13, 17 e a casa de sobrado estilo
neocolonial conhecida popularmente como “Folhuda”. Não é histórica, nem é muito
artística, mas possui acentuado apelo sentimental no bairro. Data de
c.1938.
Rua Carvalho de Azevedo:
17- Casa em estilo Art-Déco, datada de c.1935.
27-Apartamento-casa datado de c.1940.
21- Chalezinho normando de c.1935, meio entaipado pelos
prédios à volta.
31-Apartamento-casa antigo, de c.1935, mas já sofreu
reformas que não o destruíram.
56, 60, 71, 73, 77(esta última é uma residência em estilo
neutro, mas muito bem concebida e de apurado acabamento)
85
Rua Baronesa de Poconé
18 Apartamento-casa de c.1935.
66
82
75
107
Rua Baronesa de Poconé, 121.
CHALEZINHO NORMANDO. Esta notável residência unifamiliar, em múltiplos pisos, no estilo neonormando e acabamento em enxaimel, possui esmeradíssima serralheria, vitrais, estuques e detalhes variados. Foi erguida em fins da década de 20 com numeração e acesso originais pela rua Fonte da Saudade, sendo seu imenso terreno loteado depois de 1928, o que fez com que ela ficasse entaipada pelos prédios à volta, erguidos em época recente nas fatias do terreno original. Possui acesso individualizado de automóveis até a rua Fonte da Saudade. Presentemente passa por reformas, em especial no telhado de ardósia, o qual, possui, acentuado caimento.
Avenida EPITÄCIO PESSOA
4866 TOMBAMENTO
4120
Av. Epitácio Pessoa, 4180.
Antiga residência unifamiliar em sobrado, estilo
neocolonial, com esmerado acabamento e situação privilegiada. Erguida na década
de 40, fazia magnífico conjunto com outras similares, destruídas todas nos
últimos cinco anos. Impõe-se sua preservação, bem como da área verde restante e
árvores remanescentes.
APAC 4
Rua Cons. Macedo Soares
18
39
61
66
78
92
Rua Sacopã, 130, antigo 42.
Residência unifamiliar projetada por Oscar Niemeyer em
1940 para a família Cavalcanti. Foi a primeira casa erguida por Niemeyer no Rio
de Janeiro, marco inicial da obra do grande arquiteto, hoje famoso em todo o
mundo. Possui telhado em cerâmica e revestimento em pedra nos muros, ainda hoje
todos originais. Pilotis em concreto e acabamento que mescla soluções antigas
com modernas. Esse tipo de residência foi caso único na obra do arquiteto, e ele
não mais usou este partido “nativista” no resto de sua produção artística. Foi
publicada com destaque no livro de Phillip Goodwin, Brazil Builds, editado nos
Estados Unidos em 1943. Mantém-se incólume, inclusive nos detalhes, tal como
aparece nas fotos do livro em questão.
Geralmente nos livros sobre a obra de Oscar Niemeyer esta
casa é omitida, pela raridade das soluções utilizadas, escolhas ainda feitas por
um arquiteto em formação e ainda muito influenciado por seu mestre Lúcio Costa.
Recentemente mereceu destaque no livro de Alfredo Britto e Ana Luíza Nobre,
“Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro”, que lhe reconheceram os méritos e a
raridade da obra.
Milton de Mendonça Teixeira, historiador e arquiteto.
Professor de História da Arte e Atrativos da Marc-Apoio Consultoria e
Treinamento em Turismo.
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